quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dia do religioso ( a )



OI...SOU JESUS

Eu estou ao seu lado
e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos.
Sou eu que as vezes altero seu itinerário, e até
atraso seus horários para evitar acidentes ou
encontros desagradáveis.
Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas
"inspirações" que você acredita que acabou de ter
como "grande idéia".
Sou eu quem lhe causa aqueles arrepios quando você se
aproxima de lugares ou situações que vão lhe fazer mal.
E sou eu quem chora por você quando você com a sua
teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para
desafiar o mundo.
Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando
por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas
energias.
Quantos dias eu lhe segurei para que você não entrasse
naquele ônibus, carro e até avião?
Quantas ruas escuras eu lhe guiei em segurança?
Não sei, perdi a conta, e isso não importa.
O que realmente importa, e o que me deixa triste e
preocupado, é quando você assume a postura de vítima
do mundo, quando você não acredita na sua capacidade de
resolver os problemas, quando você aceita as situações
como insolúveis, quando você pára de "lutar" e
simplesmente reclama de tudo e de todos ,
quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua
infelicidade, quando você deixa de sorrir e assume que
não há motivos para rir, quando o mundo está repleto
de coisas maravilhosas, quando se esquece até de mim.
Eu sou Jesus, aquele que Deus deu para morrer em seu lugar na cruz do calvário, em sacrifício, para que os pecados do mundo fossem perdoados.
Já que me deixaram falar diretamente com você,
gostaria de lhe lembrar, que estou ao seu lado sempre,
mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado, até neste momento eu estou segurando a
sua mão, eu estou consolando seu coração, eu estou lhe
olhando, e por lhe amar demais, fico triste com a sua
tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para adorar meu pai que está nos céus, eu agradeço a Ele a oportunidade bendita de lhe conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial para mim.
Sou Jesus acredito em você!
- Ore, Louve, agradeça, Eu estou ai com você, lhe ouvindo:
"Santo Deus, Senhor meu, zeloso guardador,
se a você me confiou a conhecer-lhe, rege minha vida, me guarde e me ilumine Amém!"

domingo, 14 de agosto de 2011


RETROSPETO HISTÒRICO :CONVENTO STA.  MADALENA  SPEYER  - AOS 781ANOS DE EXISTÊNCIA.
1228 – 2011.

Introdução:
Faz neste anos exatamente 781 anos,que nossa comunidade,a que também as senhoras,queridas Irmãs de Brasil e Peru,pertencem,cantam este cântico,em louvor da grandeza de Deus e em gratidão por sua misericórdia,que nos concedeu,por cause 800 anos.Deus tinha misericórdia de Maria.Ele fez de uma micinha desconhecida de Nazaré,um lugar de má fama,a Mãe de seu Filho,A Mãe de Deus.uma pessoa humana seria capaz de entendê-lo ? Por que Ele não escolheu para tal a imperatriz de Roma ou a esposa do somo-sacerdote de Jerusalém?
Tais pessoas são ilustres são grandes por si e honradas por todo mundo.Mas Deus prefere escolher pessoas,que não recebem homenagens,que são tão normais que geralmente não chamam a atenção e passam a ser desconhecidas.Assim Ele fez com Maria,assim com Maria Madalena e com os Apóstolos.Eram pessoas simples,que em grande parte,nem sabiam ler e escrever.E assim continua pela história.pesem em São Martinho de Porres,que no Peru é tão amado.
Também nossa comunidade,das Irmãs Dominicanas de Sta. Madalena,nunca foi famosa ou grande.Nós não temos vistosas obras culturais ou apostolados consideráveis,que chamassem atenção de fora.mesmo ainda hoje,somos uma comunidade pequena.Mas isso não importa para Deus.Ele conduz nossa comunidade por quase 800 anos e a conservou,simplesmente porque Ele assim o quis.Sobre esta historia de Deus com a nossa comunidade,quero hoje um pouco falar,olhar um pouco atrás dos bastidores e colocar as perguntas:
- Que vida levaram as Irmãs de Sta. Madalena? Onde tem as suas raízes espirituais,que as fizeram sobreviver estes 781 anos e crescer,de modo a se estenderem ate America do Sul?

HISTORICO DO CLAUTRO.
1.Os Primórdios:
Os primórdios de nosso claustro estão no escuro.Sabemos,tão somente,que pelo ano de 1227,numa pequena aldeia,São Leon,no outro lado do rio Reno,em frente de Speyer,foi fundada uma comunidade de Irmãs penitentes.Estas irmãs mudaram-se em 1228 para Speyer,onde dentro das muralhas que circundam a cidade ,procuraram proteção de hordas de soldados e cruzados,que continuamente cruzaram o país.As irmã eram paupérrimas.Mas um casal rico de Speyer,Walther e Edelinde Barth,doou-lhes um terreno na cidade antiga de Seyer,o atual recinto do claustro e uma casa para morar.Viviam ainda muito pobres,mas em segurança e paz.naquele tempo não eram dominicanas,mas Penitentes ou madalenas.
-Quem são as Penitentes e qual é a características de sua vida Omo mulheres consagradas?  
2.A vida das Irmãs como Penitentes.
A ordem das penitentes foi fundada em 1227 por um sacerdote Rudof de Hildesheim,respondendo às necessidades do tempo.Rudof,encontrou em Worms,muitas mulheres jovens desmoralizadas.Eram geralmente mulheres novas,seduzidas ou violentadas por soldados,por comerciantes ou estudantes vadios e depois abandonadas.Assim desmoralizadas e desenraizadas não houve mais futuro na sociedade  de então,para esta mulheres jovens,que não eram necessariamente pessoas más.Às que uma vez caíram,foi negado o reconhecimento e a dignidade.Nunca mais podiam se casar-se e também não entrar em algum convento.Só podiam continuar na sua desgraçada situação e mais afundar na mesma.
Rudof de Hildesheim foi profundamente toca pela miséria dessa mulheres e decidiu a cuidar delas espiritualmente.ele enveredou num caminho revolucionário para aquele tempo:Em vez de trancar essa jovens decaídas,num estabelecimento de reeducação,reuniu-as numa comunidade religiosa.Lá podiam,livres de toda pressão social,sob a direção espiritual de um sacerdote,empenhar-se no caminho interior de conversão e de cura.
Uma tal comunidade eram as nossa primeiras irmãs,AS penitentes de Santa Madalena em Speyer .Viviam segundo  o ideal da ordem das Penitentes.isto significa,como para todos os claustros da Idade Média,clausura rigorosa,sem ocupação para fora ,uma vida concentrada  na penitência e santificação d si mesmo.padroeira e modelo das penitentes era Maria Madalena.
- Queremos agora perguntar-nos:O que significa Maria Madalena ás nossas irmãs naquele tempo?pode ela ter tal significação também para nós no 3º milênio ?
                Maria Madalena, na Idade Média,foi considerada como grande pecadora,prostituta,como mulher totalmente possuída pelo mal.Pois,no Novo testamento nos relata que Jesus expulsou dela sete demônios.Porém,foi vista também como aquela mulher,que pelo encontro com Jesus se converteu radicalmente,seguindo-lhe com arrependimento ardente e mais tarde,após da ascensão  de Jesus,se retirou,para chorar sua vida pecaminosa,fazendo orações e penitencia .E como tal Maria Madalena podia ser Padroeira Ás mulheres e moças decaídas.Estas também se converteram,no encontro com Jesus,retirando-se na solidão do claustro e arrependendo-se de sua vida pecaminosa passada,para fazer reparação,pela oração e penitência.
                Ao mesmo tempo,Maria Madalena, na idade Média,foi considerada como grande amante e como tal marcou também,talvez mais fortemente, a ordem das Penitentes, isto é,a vida de nossa primeiras irmãs em Sta. Madalena .Pois porque Maria Madalena pecou muito e profundamente,também cresceu o seu amor (compare Lc 7,47).Ela era uma grande pecadora penitente,mas uma penitente por amor.Jesus não se deixou afastar do horroroso invólucro de seu pecado e impureza.Seu olhar amoroso penetrava a sua alma ferida,suscitando o amor intrínseco e verdadeiro,a doação ao amor puro,que só deus receber .Para as irmãs na Idade Média ,a penitência de Maria Madalena não assustava,mas foi uma expressão natuaral de um grande amor purificado por Deus mesmo e conduzido à maturidade.
                Este amor, brotando da misericórdia de deus ,foi aquele que nossa irmãs procuraram viver,dia por dia.Ela ficou como fundamento da nossa vida consagrada até hoje.Pois no presente ,como no futuro,dependeremos da misericórdia de Deus,cada uma de nós em particular,como toda comunidade.Sempre ,Jesus,há de expulsar de nós os sete demônios no sacramento da penitência . Mas quanto mais demônios ele expulsa,tanto mais será  o amor,que nos presenteia.
                3.Passagem para a Ordem Dominicana.
                A Ordem das penitentes não perdurou por muito tempo.Por diversas causas,que não poderia agora explicar.Os claustros das Penitentes associaram-se,pouco ao pouco ás grandes ordens,das Cistercienses,Franciscanas e Dominicanas.E assim nossas irmãs em 1304 entraram na ordem Dominicana.
                Em 1262 virem os primeiros frades Dominicanos para Speyer,As Irmãs de Sta. Madalena entraram em contato  como eles e foram em breve fascinadas do ideal inflamante  e apostólico desta Ordem Jovem.Reconhecerem que seu próprio ideal concentrado na penitência e santificação,podia obter uma expansão religiosa,totalmente nova:Tudo o que fizeram a te então,podia alcançar um peso diferente:Sua oração e sua penitência podiam,para além da santificação individual,torna-se serviço apostólico na igreja,fiel ao grande ideal da Ordem de São Domingos,Salvar almas.Descobriram que cada um,seja homem ou mulher ,tem de seu modos,responsabilidade na igreja e que especialmente nisso,a sua padroeira Maria Madalena,até então ,pode continuar a ser seu exemplo.Pois Maria Madalena,era como elas,uma grande pecadora,mas foi também a curada pelo amor de Jesus e agora é uma grande amante,ao lado de Cristo e como tal,foi ao mesmo tempo a primeira enviada para a jovem igreja,como Apóstola dos Apóstolos.Reuniu ambos os idéias,o vivido centrado na contemplação,na oração e penitência reparadora – com o novo,apostólico da Ordem Dominicana,cuja  devisa  é:Salvar Almas.
                Em 1263 As irmãs assumiram com entusiasmo,a ousada e vasta visão,considerando as necessidades do tempo – A Espiritualidade Dominicana: O pensamento numa intensa doação a igreja,de um zelo incansável pelas almas e uma sincera procura da verdade,nas discussões com as correntes espirituais do tempo.Tudo isto procuraram,embora segundo o espaço limitado de uma mulher da Idade Média,não por mostrar-se na publicidade,mas pela abertura das fontes de forças,de qualquer apostolado na oração e meditação,das verdades da fé.
                Nossa irmãs estavam conscientes de que o novo ideal do apostolado,não significava apenas atividades.Mas que o mesmo extrai a sua fertilidade da graça.A graça só pode ser implorada humildemente de Deus.Assim o centro do Apostolado é,em primeira linha,o centro de oração,do qual,dia por dia,emana a força transformadora do mundo,da igreja e das pessoas em particular.o fundador de nossa ordem,São domingos,foi mesmo totalmente  penetrado da verdade destas relações.Ele fez da oração incessante e da contemplação  das verdades da fé,não apenas condição de seu próprio apostolado,mas as queria como fundamento do apostolado de toda sua Ordem.Pensando nisto,então a nova comunidade dominicana de Sta. Madalena em Speyer,acha-se no centro da grande incumbência de sua Ordem,dos Apostolado nas pessoas de seu tempo.
                As irmãs abrem a partir de 1304,a clausura rigorosa,prescrita:No setor da Educação e formação.cidadãos de Speyer deram para esta finalidade suas filhas para o claustro.isto pressupõe que as próprias irmãs cultivavam o saber e a formação,numa medida correspondente,tendo contato com as correntes culturais de deu tempo.nossa atividades escolar de hoje,remota para aquele inicio do ano 1304 e existe agora por 706 anos.
                4.A historia Seguinte:
A partir do século 17,Santa Madalena iniciou uma historia turbulenta e sofrida.quero citar somente alguns acontecimentos:
·         Uma guerra de 30 anos trouxe ao claustro,diversas vezes,inspeção da casa, ocupação com soldados,confiscação do claustro,destruição das colheitas e saque dos bens.      
·         Em 1689,rei Luís XIV da França,assaltou a cidade de Speyer e fez arder entre as chamas Também Sat. Madalena queimou totalmente.As irmãs tiveram de fugir .somente 10 anos depois podiam voltar.A crônica escreve sobre este tempo: “Quando voltamos pela primeira vez para Speyer,só tinha um grande monte de pedras,com mato,cardo de espinhos no lugar do claustro.Tudo foi um único deserto.Os lobos,coelhos e animais semelhantes,entraram e saíram”Foram somente 12 irmã, que voltaram.Todas as outras tinham falecidos.Mas estas 12 ousaram um novo começo,sob grandes privações.O primeiro prédio que reergueram foi a Igreja (1717).É a Igreja que hoje ainda existe.
·         No tempo da revolução francesa,entre 1792 a 1795,as irmãs tinham de fugir quatro vezes.Em dezembro escreve a cronista: “ Enquanto quatro irmãs empacotaram o mais necessário,vieram comissários franceses e levaram tudo:as frutas em grande quantidade,15 carradas de vinho,30cabeças em bezerros e porcos,todas as fechaduras e aparelhos da casa,o órgão,os sinos,tudo,tudo,o que tem nome...Os quadros pintados destruíram as machadadas todas as janelas da igreja e no claustro destruíram. “ Mas as irmãs voltaram sempre novamente,reconstruído o claustro e a igreja.isto foi somente possível,porque confiaram firmemente em Deus e estavam muito unidas.
5.A secularização e a Reconquista do claustro.
                Em 1800,cinco anos depois,as irmãs foram atingidas por uma nova desgraça.deste acontecimento quero falar mais detalhadamente,porque tem uma importância singular para nossa comunidade e pode,para nós hoje,sinalizar o caminho.
                Em 1802 foram secularizados todos os claustros na França e Alemanha ate o Reno.isto é,as comunidades religiosas foram suprimidas e as igrejas fechadas.Para Sta. Madalena começou a tragédia em julho do mesmo ano.Em 04 de julho de 1802 entram,durante a Sat. Missa,três comissários do governo francês na Igreja,declarando a confiscada.o sacerdote tinha de abrir o sacrário tirar o Santíssimo.Depois o povo foi mandado para casa e a igreja foi trancada e selada: “ entre lagrimas de nós (irmãs) e muitos cristãos católicos” , - escreveu a cronista depois os comissários franceses entraram no claustro,registrando tudo o que tinha.
                Em 22 de julho, na festa de Santa Maria Madalena,as irmãs receberam a ordem de tirar o habito e abandonar o claustro: “ Ó que dor”, - comenta a cronista o monstruoso acontecimento.Embora que escreveu também: “ Não respondemos outra coisa do que:Senhor, faça a tua vontade! Depois foi lido para as irmãs o mandamento de expulsão.
                Em 29 de julho o claustro foi declarado como propriedade do estado Frances.A cronista escreve sobre a despedida de Sat. Madalena:  “ se Deus não nos tivesse especialmente fortificado com sua graça,não teríamos suportado tudo isso.Foi,para nós,mais duro do que a guerra toda.A partir de 04 de julho,durante 14 dias,a nossa comida e bebida era quase só lagrimas e noites sem dormir.”
                Consolação nesta amargura,procuraram as irmãs naquele tempo,junto a Mãe de Deus de coração bondoso,em Waghausel, um lugar de peregrinação por perto.A crônica relata,que visitaram freqüentemente este lugar de graças,para apresentar na oração,a  sua preocupação a Deus e a Mãe de Jesus – Mão somente para pedir as forças necessárias, mas também pedindo pela reconquista do claustro.
                Nesta situação desesperadora,aconteceu algo,que consideramos ate hoje como milagre.Os sete cidadãos de Speyer vieram,após da compra do claustro,oferecer às irmãs a moradia por um pequeno aluguel.AS irmãs interpretaram isto simplesmente  como providencia  maravilhosa de Deus  e tomaram a mão,que Ele lhes estendeu.
                Contudo nem todas as irmãs acreditaram poder carregar esta ousadia.Três preferiram refugiar-se com os parentes.Sente-se,ainda hoje, amargura da cronista,quando escreve: “ O Que fazer? Mas ela não manifesta palavra alguma de condenação,mas continua assim:” É preciso pedir a Deus conselho.”Nós 5,que restamos,pensamos em ficar e pagar aos compradores o aluguel para o claustro e para a Igreja,ainda bem bonita;pois tivemos a grande graça,que Deus está ,no Santíssimo Sacramento.”
                O que as cinco irmã segurou em Santa Madalena,sem outros cálculos,se tem sentido ao não,foi a alegria, que Deus ficou com elas,no santíssimo sacramento,naquela Igreja,ainda bem bonita”.Quanto amor e dedicação ao Senhor,mas também amor ao claustro revelam estas palavras simples.
                Três anos depois,experimentaram as irmãs de Sat. Madalena, a recompensa  por sua fidelidade: em 28 de outubro,a igreja fechada em 1802 pelos Frances,foi reaberta e declarada igreja paroquial de Speyer,por ser a única da cidade.Pois a catedral estava também arruínas.A vida religiosa da cidade podia,após de anos de supuração,renascer a partir deste lugar.     
                Em dezembro de 1806 aconteceu mai s um milagre :Os sete compradores do claustro,vieram para Santa Madalena,ofereceram o claustro a ser comprado pelas irmãs.embora que elas eram muitos pobres,aproveitaram logo tal oportunidade.com auxilio de parentes ricos,conseguiram ,em 12 de janeiro de 1807,registro no cartório.Por motivo de prudência e para não provocar uma nova confiscação ,o claustro foi registrado sob o nome daqueles parentes.
                Finalmente as irmãs alcançaram o seu objetivo.Sua alegria foi imensa,mas elas sabiam,a quem tem de agradecer a recompra do claustro. “ A graça de Deus”.Sua gratidão foi tão grande,que assumiram para si,e as gerações vindouras,festivamente a promessa: “ O dia 12 de janeiro deve por toda eterna lembrança nossa e das irmãs futuras,ser comemorado cada ano,em oração constante perante o santíssimo,em agradecimento pela grande graça,que recebemos de Deus.”Nós cumprimos esta promessa,até hoje em Sat. Madalena e em diversas casas.
                Nos anos seguintes,as irmãs trabalharam dura e incansavelmente,a fim de repor o empréstimo dos benfeitores: venderam suas colheitas,alugaram parte de sua casa e fizeram pequenas figuras e flores artificiais de arame prateado,pérolas coloridas e cera.Finalmente conseguiram liquidar,em novembro de 1809,toda as dividas.Sat. Madalena voltou a ser sua propriedade.
                Agora esforçaram-se intensivamente,pelo reconhecimento oficial da comunidade claustral. Mas por dez anos, o rei da Baviera,Ludwig I,recusou-lhe o reconhecimento para tal. E isto justamente no ultimo momento,pois,só viviam ainda três irmãs da comunidade original.Para obter o reconhecimento do claustro,as irmãs iniciaram,pela primeira vez,a construção de uma escola pública.Foi uma exigência do rei.Mas olhando de perto,isto correspondeu exatamente ao ideal da ordem Dominicana,que foi presente em outra forma,desde a passagem das irmãs,em 1304,à ordem Dominicana.
6. O SECULO 19 e 20.
                O século 19, na historia do claustro,tornou-se um tempo dinâmico,marcado ´pelo desdobramento das atividades escolares e educativas e do crescimento abençoado da comunidade claustral.Neste tempo surgiram escolas típicas para moças.Em 1829 uma escola pública,em 1839 uma escola superior para moças.em1884 uma escola para formação de professores do Palatinato e outras escolas.
                No inicio do século 20,as atividades escolar alarga-se para além de Santa Madalena e de Speyer.Também em outras cidades foram fundadas escolas.Este desenvolvimento positivo foi naturalmente sempre  acompanhado com grande dificuldades .Não pretendo hoje entrar neste detalhes.Só queria citar um grande perigo,o governo nacional-socialista no século 20.causou,ao desenvolvimento florescente em Sat.  Madalena,um fim repentino.Em 1937/38 todas as escolas de nossa comunidade,em ou fora de Speyer,foram fechadas.As Irmãs foram retiradas das escolas.Estávamos perante o nada.Como vai continuar?
O que foi planejado com aniquilação,tornou-se germe de um futuro alviçareiro:Chama-se América do Sul.Os bispos do Brasil e Peru,pediram então ás irmãs de Sat. Madalena,para apoiar o seu trabalho missionário nestes países.assim entre 1937 e 1939,emigraram 31 professoras jovens.enquanto em Peru e Brasil foram fundadas novas escolas e novas casas de missão,o desenvolvimento da Europa correu para uma catástrofe.As casas de nossa comunidade foram confiscadas,obrigatoriamente desapropriadas ou destruídas pelas bombas na guerra.
                Somente após do desmoronamento do 3° Reino,abriu-se novamente uma perspectiva para as irmãs na  Alemanha. Já em outubro 1945 podiam,em Sat. Madalena,em condição muito pobres,reabriu a escola pública e uma superior para moças,com internato.O número de alunas cresceu de ano em ano e foi necessário construir.Assim surgiu em 1957 a Edith-Stein-Escola com Ginásio e Real-Escola,compreendendo no presente cerca de 1.100 alunas no conjunto.    
                Pelo fim queria ainda falar algo importante,o mais importante de nossa congregação:É a veneração da Sagrada Eucaristia,da qual as irmãs,durante séculos,hauriram sempre de novo, a força para prosseguir,também na horas mais tenebrosas para nossa comunidade.
                Alguns anos antes da secularização e desapropriação do claustro,Madre Vicência Simpbsler,tinha uma visão em sonho (1798) perante o quadro da Mãe de Deus do bom conselho.Nesta visão viu,passo por passo,os acontecimentos posteriores.Recebeu a incumbência,de atuar com todas as forças para conservação do claustro.Madre Vicência guardou por enquanto segredo desta visão,mas escreveu-a mais tarde,após de tudo ter acontecido.ela escreve:
“ Rezei ,com grande confiança,á Misericordia de Deus,perante o quadro da Mãe de deus do bom conselho,pedindo que nosso claustro ficasse poupado.Durante a oração enfraqueci muito e dormi mansamente.Sonhei que ,meu anjo da guarda e minha madrinha de batismo,chegaram   para minha cama.Meu santo anjo disse-me: “ Vicência,levanta-te e venha comigo para porta que da acesso para o coro.Quero mostrar-te,o que acontecera com o claustro.”Parecia-me que eu ia até a porta do coro.O anjo disse-me: “Veja,aqui passará um homem,em roupa verde (soldado).Ele selará as portas do claustro .ficarás muito triste sobre isto”. Depois,meu anjo de guarda conduziu-me para uma grande água ( o rio Reno),depois,pela neve,pelo gelo e arbustos espinhosos e disse-me: ‘ Este difícil caminho andarás e um jovem,com pão branco,te conduzirá.Tudo isso farás,afim de adquirir novamente o claustro.depois,o  meu anjo da guarda conduziu-me por todo o claustro,mostrando-me todos os telhados e portas esburacadas. “ verás,que a água,por causa do telhado estragado,corre em cima de tua cama.Te esforçarás muito,que o claustro seja novamente renovado.Sofrerás muitas contrariedades e perseguições.
                Por que tudo isso se realizou,palavra por palavra,o anotei e peço a todos,que futuramente viverem neste claustro,a considerar : “Sempre terão a bênção,enquanto viverem unidas e em paz”.
                Quando foi mostrada a Madre Vicência esta visão de terror,pela qual nossa comunidade ia passar,recebe ao mesmo tempo a promessa,que um jovem de veste branca,será no caminho por estes terríveis acontecimentos.Ele a fortificará com este pão  - Jesus na sagrada Eucaristia .Na força deste pão,sobreviverá  para cumprir a sua missão; Salvar o claustro.
                E ela nos dá certeza :Sempre terá a benção de Deus,se viverem unidas e em paz.Ambas a Sagrada Eucaristia e a União formam um todo não pode ser separado. Realizar esta união não é sempre fácil,pois,temos caracteres muitos diferentes.Mas Cristo dá-nos na sagrada Eucaristia,no Sacramento da união,esta solidariedade de umas com as outras,se nós acolhemos,fazendo esforços neste sentido.Pois nós todas recebemos o mesmo tempo o Corpo de Cristo.
                A veneração da sagrada Eucaristia na Sat. Madalena e na adoração,é,certamente,o mais marcante e maior característica para nossa comunidade:
·         Já em 1804,as irmãs arrendaram o claustro com a justificação que : “Deus ,no Santíssimo Sacramento,ainda está presente em sua igreja”
·         Se Madre Vicência nele não tivesse buscado a sua força para sobreviver,nosso claustro,assim como incontáveis outros,teria perecido na secularização.Também mais tarde ,a Adoração de Jesus no Santíssimo,tinha sempre um grande papal em nossa comunidade:
·         Já dede de 1887,reuniram-se às Vésperas da festa do coração de Jesus,todas as irmãs para a consagração ao coração de Jesus na Igreja.Depois continua a adoração perante o Santíssimo ate às 24 horas.
·         Poucos anos depois foi introduzidos o costumes,também da adoração noturna da quinta feira para sexta feira – santa.
·         Em 1934 na ascensão dos nacional-socialistas na Alemanha ,a priora geral madre Ambrosia Hessler,pediu ao bispo de Speyer a licença,de fazer adoração com o Santíssimo exposto,diariamente de manhã após a Sat. Missa ,ate após as vésperas.Em Sant. Madalena fazemos isto até hoje.Acreditamos que desta Adoração,vem muitas benção para nós que ela sustenta as nossas atividades apostólicas.
Num documento do Sto. Padre aos religiosos, “ Partir de Cristo” ele destaca a significação da Sagrada Eucaristia para os religiosos.Ele escreve:
“ Aqui,perante o Santíssimo,pode ser vivida a intimidade com o Cristo Plenamente ...Na Eucaristia Cristo nos associa a si na própria oferta pascal ao Pai: Oferecemos e somos oferecidos. A própria consagração religiosa assume ema estrutura eucarística: É uma oblação r total de si,estritamente associada ao sacrifício eucarístico.
                Meus queridos ,ide ao encontro de Jesus e contempla ,de todo especial na Eucaristia,diariamente celebrada e adorada”.



São Domingos Nosso Padroeiro

FUNDADOR DA ORDEM DOS PREGADORES (DOMINICANOS) - OP
                                               
                                                    Domingos (ou Dominique)  nasceu no ano de 1170, em Caleruega, pequena localidade na Velha Castelha.  O pai, Félix de Gusmão, pertencia a uma família de alta linhagem na Espanha;  a mãe era Joana de Aza.  Antes de Domingos nascer, sua mãe, em sonho misterioso, viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa, de que irradiava luz sobre o mundo inteiro. Efetivamente, São Domingos  veio a  ser uma luz extraordinária de  caridade e de zelo apostólico, que dissipou grande parte das  trevas das heresias e restabeleceu a  verdade em milhares de corações vacilantes.   Domingos,  foi o nome  dado à criança, devido à uma devoção que a mãe do santo tinha com São Domingos de Silos, do qual um dia teve uma aparição, comunicando-lhe os planos divinos em referência ao recém-nascido.  A esse aviso extraordinário, os pais corresponderam com esmerada atenção na  educação do filho.  Domingos,  pequeno ainda, deu provas de  inclinação declaradíssima às coisas de  Deus. 
                                                    Seis anos  contava o menino, quando os pais o confiaram à direção de um tio, reitor de  uma igreja em Gumyel.  Sete anos passou Domingos na escola daquele  sacerdote, aprendendo, além das primeiras letras, como sejam, acolitar, enfeitar os altares e  cantar no coro.  Terminado este curso prático, transferiu-se para Valência, cidade episcopal  no reino de Leon, onde existia uma universidade que  mais tarde,  em 1217, passou para Salamanca.
                                                    Durante o  tempo dos estudos em Valência, isto é, durante seis anos,  dedicou-se à arte retórica, além da filosofia e teologia.  Acompanharam-lhe os trabalhos científicos às práticas da  piedade, inclusive,  severas penitências.  Retraído por completo  do mundo, visitava somente os pobres e doentes, protegia as viúvas e órfãos.  Por ocasião de uma grande fome, vendeu os livros para poder socorrer os  necessitados. Certa vez,  ofereceu sua própria  pessoa para resgatar um jovem que caira nas mãos  dos mouros. 
                                                    A caridade de  Domingos, não satisfeita com as obras corporais de misericórdia, estendia-se principalmente às necessidades espirituais do próximo. Para este fim, desenvolveu um zelo extraordinário, como pregador.  O primeiro  fruto deste labor apostólico,  foi a conversão do amigo e companheiro dos estudos, Conrado, que mais  tarde entrou para a  ordem de cister, elevado posteriormente à dignidade de Cardeal da Santa Igreja.
                                                    Domingos contava  apenas vinte e quatro anos e era considerado um dos mais competentes mestres da vida interior. Dom Diego de Asebes,  bispo de Osma, conhecendo os brilhantes dotes de Domingos, convidou-o a incorporar-se ao cabido da diocese, esperando desta aquisição uma reforma salutar do clero. O prelado não se viu iludido nas suas previsões. Domingos em pouco tempo, foi objeto da admiração de todos, como modelo exemplaríssimo em todas as  virtudes cristãs. 
                                                    Como cônego de Osma,  Domingos percorreu diversas províncias da Espanha, pregando por toda a parte a  palavra de Deus, pela conversão dos pecadores, cristãos e maometanos.  Uma das conversões mais sensacionais que Deus operou por intermédio de Domingos foi a de Reiniers, célebre heresiarca, que mais tarde tomou o hábito dos frades dominicanos.
                                                    Domingos não era ainda sacerdote.  Do bispo de Osma recebeu a unção sacerdotal, continuando depois a  missão apostólica de pregador.  Quando em  1224, por ordem do rei Afonso de Castelha,  o bispo de Osma foi à França  na qualidade de  embaixador real, a fim de tratar dos negócios matrimoniais do príncipe herdeiro Fernando, com a  princesa de Lussignan, Domingos acompanhou-o. Na província de Languedoc, puderam de perto observar as horríveis devastações feitas  pelos albingenses. Numa segunda viagem que empreenderam, cujo fim era buscar a princesa e entregá-la ao esposo, tiveram o grande  desgosto de não a encontrar entre os vivos. Chegaram ainda a tempo de  assistir-lhe ao enterro. 
                                                    Preferiram, então,  ficar na  França, para dedicar-se à  campanha contra os hereges.  O bispo Diego, com o consentimento do Papa, ficou três anos na província de Languedoc.  Passado este tempo, voltou à diocese. 
                                                    A São Domingos, que foi nomeado superior da Missão, associaram-se doze abades  cistercienses.  Pouco tempo, porém, durou o trabalho coletivo.  Dom Diego voltou à Espanha, os cistercienses retiraram-se para os seus claustros e o próprio Legado pontifício abandonou o solo francês. 
                                                    Domingos  não desanimou apesar da missão ter-se-lhe tornado dificílima e perigosa.  Com mais oito  companheiros que lhe foram mandados, continuou os trabalhos apostólicos.  A inconstância, porém, que encontrou nos coadjutores, fez nele  amadurecer a idéia de fundar uma nova Ordem, cujos membros, por um voto, se dedicassem à obra da pregação.  Os primeiros que se lhe associaram foram Guilherme de Clairel e Domingos, o Espanhol.  Em 1215 a  nova comunidade contava já dezesseis religiosos, com seis espanhóis, oito franceses, um inglês e um português.  Para assegurar-se da  aprovação pontifícia,  Domingos em companhia do bispo de Toulouse foi à Roma e  apresentou-se ao Papa Inocêncio III.  Coincidiu ele chegar à capital da Cristandade na  abertura do Concílio de Latrão.  Opinaram os padres que em vez de aprovar as  regras de novas ordens, devia o Concílio dirigir a atenção para as Ordens já existentes e  aperfeiçoar-lhes as  constituições.   Inocêncio III, baseando-se nestas decisões, negou-se,  por diversas vezes, em dar aprovação à regra da Ordem fundada por Domingos.  Aconteceu, porém, que o Papa teve uma visão, quase idêntica à que lhe fez aprovar a Ordem de São Francisco de Assis, em 1209.  Não querendo contrariar a obra do santo homem, deu consentimento à fundação da Ordem, prometendo a Domingos expedir a bula, logo que este tivesse adotado uma regra de ordem já aprovada pela Igreja.  Domingos  decidiu-se em favor da regra de Santo Agostinho, à qual acrescentou mais algumas constituições, como  por exemplo, o silêncio, o jejum e  a  pobreza. 
                                                    Quando Domingos, pela segunda vez chegou à Roma,  já não encontrou o Papa Inocêncio III, mas o sucessor deste, Honório III.  Contrariamente ao que receava, obteve a aprovação da ordem, que veio a ser chamada Ordem dos Pregadores.  Nomeado o primeiro superior, fez a profissão nas mãos do Papa. 
                                                    Graças à generosidade do bispo de Toulouse e do conde Simão de Montfort, Domingos pode construir o primeiro convento em Toulouse. O número dos religiosos crescera consideravelmente, de modo que Domingos pode introduzir em a novel comunidade e regra recém-aprovada.     
                                                    Pouco tempo depois, Domingos voltou à Roma e fundou diversos conventos na Itália. Em Roma, conheceu São Francisco de Assis, a quem se ligou em íntima amizade. Em 1218 foi a Bolonha fundar um convento, perto da Igreja de Nossa Senhora  de Mascarella. Um ano depois, teve Domingos a  satisfação de fundar outro na mesma cidade, sendo que este, tempos depois, veio a  ser um dos mais importantes da Ordem na Itália.
                                                    O exemplo de São Francisco de Assis e o admirável desenvolvimento da Ordem por ele fundada, influiu grandemente no espírito de são Domingos. Como o Patriarca de Assis, introduziu S. Domingos na sua ordem o voto de pobreza em todo o rigor. 
                                                    São Domingos convocou três capítulos gerais e teve o prazer de ver a Ordem se  estabelecer na Espanha, em Toulouse, na Provença e na França toda.  Conventos surgiram na Itália, Alemanha e Inglaterra. O próprio fundador mandou emissários  à Irlanda, Noruega, Ásia e Palestina. 
                                                    São Domingos morreu no dia 06 de agosto de 1221, na idade de 51 anos. Numerosos milagres por seu intermédio Deus se dignou de fazer. O Papa Gregório IX inseriu-lhe o nome no catálogo dos Santo, em 23 de julho de 1234. Muito concorreu para o culto de S. Domingos na Igreja Católica, a devoção do Santíssimo Rosário, de quem era grande Apóstolo. 
                                                    A Ordem dos pregadores deu à Igreja,  muitos Santos, entre estes o grande São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santa Catarina de Siena, São Vicente Ferrer, o Papa Pio V. 
Reflexões
As grandes virtudes que admiramos em S. Domingos devem ser para nós incentivos de imitá-lo.  A virtude que mais caracteriza a  vida desse grande santo é o zelo, não só de preservar a alma de todo o pecado, como também salvar a alma do próximo.  Vendo uma alma em perigo de  perder-se, era para Domingos uma preocupação séria.
Se tivéssemos um pouco desse zelo apostólico a  miséria  espiritual do próximo não nos deixaria tão indiferentes.  Antes  de  tudo,  porém,  devemos cuidar da nossa  própria alma.  Nossa  alma é imortal, destinada a gozar da eterna felicidade em Deus.  Se não alcançar esta felicidade terá por sorte o desespero eterno. Os anos  que vivemos aqui na terra são o começo da  vida espiritual na eternidade. Se nossa  alma é eterna  e imortal, nossa  felicidade não pode estar baseada nos bens deste mundo, que hoje existem e  amanhã nenhum valor terão. 
No dia em que nosso corpo for levado para o repouso eterno, o mundo perderá para nós  toda a  importância e  bem depressa,  será apagada a memória da nossa  existência.  Riqueza,  honra, elogios, calúnias e escárnios – tudo passa, mas a  alma  ainda existirá!  Tolice é, pois, dar ao mundo uma importância que não tem;  prestar-lhe honras e atenções que não merece.  A alma é que merece todo o nosso cuidado.  O mundo passa, a alma fica.  Servir a Deus e tratar de santificar-se é o verdadeiro fim do homem na terra.  Tolo é aquele que põe em jogo a eternidade;  tolo é aquele que cuida de tudo, menos da eternidade.  Se os  santos pudessem ter um pesar, seria sem dúvida, o de não ter aproveitado ainda melhor o tempo da vida aqui na terra para servir a Deus.  Entra, sem demora,  nas pegadas dos santos e põe tua vida toda inteiramente ao serviço de Jesus Cristo. 
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São Domingos de Gusmão


São Domingos de Gusmão
Neste dia lembramos aquele que, ao lado de São Francisco de Assis, marcou o século XIII com sua santidade vivida na mendicância e no total abandono em Deus e desapego material.

São Domingos nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiamá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges.

Interessante é que antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos.


Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia. No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul da França com suas heresias. Desta forma, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São Domingos de Gusmão, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora. São Domingos de Gusmão entrou no Céu com 51 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234.


São Domingos de Gusmão, rogai por nós!